O Município do Congo – PB, possui uma geodiversidade imensa e com potencialidade para o geoturismo bastante forte. Dentre as atrações do geoturismo, está incluso a observação das geoformas esculpidas em grandes, médios e pequenos blocos rochosos que através do intemperismo físico e químico, seja ele por meio de águas pluviais, ação dos ventos ou até mesmo o choque entre blocos no ato do rolamento ou queda (FERNANDES, 1996), por exemplo, tomam formas diferentes, sendo possíveis associá-las a seres vivos ou membros dos mesmos, e objetos diversos que conhecemos. É comum a população de certa localidade associar a algum animal ou objeto, determinado bloco rochoso para servir como ponto de referencia no campo.
Sendo assim, em excursão a Serra da Engabelada no município do Congo - PB, a equipe do Laboratório de Cartografia e Geoprocessamento da UFPB – Campus IV – formada pelo Prof. Msc. Leonardo Meneses e os discentes Hugo Yuri e Elayne Gouveia, puderam observar diversos blocos com geoformas diferentes e curiosas. Alguns deles a própria população já haviam batizado, em outros a equipe tomou a liberdade de batizá-los devido não possuir nome, sendo necessário em virtude do projeto de pesquisa sobre Geodiversidade, que a equipe está iniciando seu desenvolvimento no local com fins voltados ao “ecogeoturismo” no município.
Da visita ao município do Congo – PB está sendo produzido pela equipe do LCG um relatório parcial sobre o patrimônio geológico, biológico, geomorfológico e cultural, que está em fase de finalização; um projeto para iniciar parceria entre o Laboratório e Prefeitura Municipal a fim de realizar estudos em toda a região do município; a confecção de artigos científicos a serem publicados em revistas; e elaboração de um projeto-proposta para o desenvolvimento do “ecogeoturismo” a ser adotado pela Prefeitura posteriormente com base no planejamento desenvolvido cuidadosamente com a participação da comunidade local para alcançar maior sucesso em termos de satisfação por parte dos visitantes, benefícios econômicos e mínimos impactos negativos sobre o local (TIMOTHY, 1998).
Muitas geoformas foram identificadas a exemplos:
Foto 01 - Pedra da Orelha |
Tornando-se atrativos da Serra da Engabelada no ramo do geoturismo, essas rochas graníticas oriundas do batólito Serra da Engabelada, estão sendo catalogadas para serem divulgadas e preservadas, posteriormente, e seu valor reconhecido principalmente pela população local, a qual grande parte da mesma desconhece o rico patrimônio que possuem em sua cidade. Sendo o geoturismo um ramo voltado aos aspectos físicos do relevo, sua conservação deve possuir tanta atenção quanto à conservação da biodiversidade, principalmente quando se refere aos registros rupestres deixados por povos pretéritos, que também são encontrados na serra. Neste sentido, a atividade em estudo deve ser desenvolvida junto a projetos de geoconservação, como é comum na maioria dos países que a desenvolvem (Medeiros 2007).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Fernandes, N.F. & Amaral, C.P. 1996. Movimentos de Massa: uma abordagem geológica-geomorfológica. In: Guerra, A.J.T. & Cunha, S.B. (eds.), Geomorfologia e Meio Ambiente. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil Ltda.
TIMOTHY, D. J. Cooperative tourism planning in a developing destination. Journal of sustainable tourism. V. 6, n. 1. London, 1998.
MEDEIROS, Wendson Dantas de Araújo Medeiros. Potencial geoturístico do Nordeste. URCA: Cadernos de Cultura e Ciência, 2007.
Fernandes, N.F. & Amaral, C.P. 1996. Movimentos de Massa: uma abordagem geológica-geomorfológica. In: Guerra, A.J.T. & Cunha, S.B. (eds.), Geomorfologia e Meio Ambiente. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil Ltda.
TIMOTHY, D. J. Cooperative tourism planning in a developing destination. Journal of sustainable tourism. V. 6, n. 1. London, 1998.
MEDEIROS, Wendson Dantas de Araújo Medeiros. Potencial geoturístico do Nordeste. URCA: Cadernos de Cultura e Ciência, 2007.