quarta-feira, 29 de junho de 2011

Por que MEIO ambiente e não ambiente INTEIRO?

O artigo abaixo foi escrito pelo geólogo e professor do departamento de geologia da UFRN Marcos Nascimento e originalmente publicado no blog TNAmbiente, em 06 de junho de 2011.

Porque MEIO ambiente e não ambiente INTEIRO?
 
Na visão de um geólogo que tem na Geodiversidade (variedade de ambientes geológicos, fenômenos e processos geradores de paisagens, rochas, minerais, fósseis, solos e outros depósitos superficiais que constituem a base para a vida na Terra) um dos seus campos de trabalho, realmente o ambiente é tratado como metade!!

Metade porque infelizmente no ambiente inteiro as atenções estão voltadas (quase que exclusivamente) ao meio biótico (a nossa Biodiversidade). Deixando de lado o meio físico ou meio abiótico (também conhecido com Geodiversidade).

Apesar de ter aparecido há cerca de 20 anos este termo é pouco conhecido pela sociedade. Porém não deveria ser assim, já que os seres humanos estão inteiramente dependentes da Geodiversidade e de seus processos naturais.

Se olharmos quais são os elementos da Geodiversidade (minerais, rochas, relevo, fósseis, solos entre outros) iremos perceber que não podemos viver sem os minerais e as rochas (matérias-primas para construirmos tudo que necessitamos hoje), sem o relevo (apenas contemplado como mera apreciação estética da paisagem), sem os fósseis (úteis para entendermos melhor o passado, compreender o presente e melhor prever o futuro) e sem os solos (de onde retiramos boa parte de nossos alimentos).

Devemos ter consciência que dependemos da Geodiversidade para assim podermos dar o verdadeiro valor e importância a ela. Se hoje os noticiários mostram terremotos, tsunamis, deslizamentos de terras é simplesmente por que a Terra mostra sua dinâmica e portanto entender que isto ocorre vai nos ajudar a prever e trabalhar esses e outros desastres naturais.

Uma conscientização ambiental só será completada sem além de conhecer a Biodiversidade, também conhecermos a Geodiversidade. Aí sim, teremos um ambiente INTEIRO e não só o MEIO ambiente.

Todos possuem responsabilidades também sobre a Geodiversidade, sejam cientistas, professores, políticos, gestores públicos, estudantes, sociedade em geral.

Marcos Antonio Leite do Nascimento (marcos@geologia.ufrn.br)
Professor do Departamento de Geologia da UFRN
Diretor-Presidente do Núcleo NE da Sociedade Brasileira de Geologia

segunda-feira, 27 de junho de 2011

LCG novamente na mídia

Olá pessoal, mais uma vez temos a grata satisfação de informar que nossas atividades foram parar na mídia. Dessa vez foi no portal e na rádio web Studio Rural, que tem como foco a comunicação rural sustentável em toda a região nordestina, evidenciando as principais experiências desenvolvidas pelas famílias de agricultores e agricultoras através de suas associações de produtores e criadores, em grande maioria estimuladas pelas organizações a exemplo de ONGs e Sindicatos de Trabalhadores Rurais, trabalhos desenvolvidos pelas empresas de pesquisas públicas federais, empresas estaduais de pesquisas agropecuária e as ações desenvolvidas por escolas agrícolas e universidades com temáticas que envolvem o ensino, a pesquisa e a extensão.

Para ler a reportagem completa, clique aqui ou na imagem abaixo.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Vídeo sobre geoturismo

Pessoal, a National Geographic há algum tempo já vem produzindo materiais relacionados à geodiversidade. Diversos programas e publicações da empresa fazem mençam e divulgam o que há de melhor de nosso patrimônio geológico.

Abaixo segue um vídeo, que não é novo mas vale a pena assistir. Espero que gostem.



quinta-feira, 9 de junho de 2011

Campo em Serra Branca - PB

No último dia 26 de Maio, a equipe do Laboratório de Cartografia e Geoprocessamento realizou uma visita técnica no município de Serra Branca afim de realizar um inventário parcial da Geodiversidade na Serra do Jatobá, serra esta que influenciou no nome do município. Serra Branca também se chamou Itamorotinga, que, em tupi, quer dizer pedra-mó-toda-branca, ou simplesmente pedra branca, alusão a Serra do Jatobá. O Município de Serra Branca ocupa uma área total de 739,26 km², cujas coordenadas geográficas são: 07º29'00“ de latitude sul, 36º39'54“ de longitude oeste e altitude média de 493m. Na Classificação de Köppen o clima regional é do tipo Bsh: semi-árido quente (Brasil, 1972).


Foto 01 – Cidade de Serra Branca – PB, com a Serra do Jatobá ao fundo
Pôde-se observar que o imenso batólito possui diversas feições e curiosidades ímpares. A beleza cenográfica é de encantar, e a flora e fauna (Fotos 03 e 04) dão um destaque nas cores e formas diferenciadas, além de uma vasta diversidade de espécies. Do alto da Serra do Jatobá pode ser observada no horizonte a Serra da Engabelada (Foto 06), localizada no município do Congo-PB.


Foto 02 – Erosão provocada pelas águas pluviais


 
Foto 03 – Exemplar da entomofauna da região


Foto 04 – Aracnídeo encontrado em meio às rochas


Foto 05 – Visão panorâmica e vegetação no alto da serra



Foto 06 – Serra da Engabelada, no Congo, vista da Serra do Jatobá

Diferentes processos erosivos atuam na rocha, escamando e gerando diferentes formas. A água, variações térmicas e alívio de pressãosão os principais agentes erosivos observados na serra. Há no local evidências de degradação antrópica feita pela própria população para produção de mesas e artesanatos, além do turismo religioso, que tem sua importância no regional, porém também alteram o ambiente. Na Serra do Jatobá também são encontradas bacias de dissolução, a mais profunda possui aproximadamente um metro de profundidade.


Foto 07 – Erosão provocada por águas pluviais


Foto 08 – Imagem de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do município



Foto 09 – Serra do Jatobá



Foto 10 – Medição de uma das bacias de dissolução

Na base da serra encontra-se o restaurante Recanto da Serra onde são servidos pratos típicos, possuindo um visual diferenciado e em interação com a natureza do local. O município conta com ainda, em sua área urbana, com estrutura de pousadas e restaurantes para receber turistas.


Foto 11 – Restaurante Recanto da Serra




Foto 12 – Restaurante Recanto da Serra




Foto 13 – Mesa feita com pedaços de rocha extraídas da Serra do Jatobá




Foto 14 – Restaurante Recanto da Serra


Na praça principal da cidade, onde está localizada a Igreja Católica, podem ser encontrados, com facilidade, fósseis gravados em rochas sedimentares calcárias utilizadas na ornamentação de bancos e paredes.


REFERÊNCIA
Brasil. Ministério da Agricultura. Levantamento exploratório – reconhecimento dos solos do Estado da Paraíba. Rio de Janeiro, 1972. 283p.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Semana de meio ambiente - Livros

Pessoal,

A Editora Oficina de Textos está uma promoção relacionada à semana de meio ambiente. É a chance de começar ou completar as suas coleções.


Confiram.

Além dos livros da promoção, a Editora também dispõe de vários livros relacionados às Ciências da Terra e que podem ser úteis para quem estuda o trinômio.

domingo, 5 de junho de 2011

Reportagem no LCG

Reportagem exibida no JPB - segunda edição, do dia 05/06/2011, apresentando algumas atividades que estamos desenvolvendo em nosso laboratório.